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23 out Compliance Digital

As práticas antiéticas não serão mais aceitas e o combate às irregularidades é uma realidade cada vez mais presente. As empresas não engajadas a essa causa e indispostas a se adequarem a este contexto irão, ao passar do tempo, tornar-se obsoletas e mal vistas pelo mercado de forma geral quando comparada àquelas dedicadas a fazer da ética e integridade um caminho comum a ser traçado.

O Compliance ainda não é um tema difundido em todas as empresas, talvez por ainda não perceberem que essa é uma atual e forte demanda de mercado.

Compliance digital, é o conjunto de práticas que visam garantir a integridade da empresa dedicando-se especificamente às questões ligadas à informação, transmissão e manipulação de aspectos digitais, em especial os dados de usuários, empresas e registros.

Há alguns anos, se fosse perguntado ao proprietário de uma empresa quais eram os bens mais valiosos e que deveriam ser protegidos dentro daquela empresa, provavelmente obteríamos respostas como: dinheiro, maquinário, peças, ou seja, bens materiais. É evidente que tais objetos possuem seu valor e merecem ser protegidos, mas se hoje em dia a mesma pergunta for feita, é muito provável que apareçam respostas como: “dados”, “senhas”, “informações sigilosas”, “segredos negociais e de produção”.

É aí que entra a figura do compliance digital. Para uma informação ser segura, ela deve possuir três características, quais sejam: confidencialidade, integridade e disponibilidade.

A primeira delas, como a própria palavra diz, refere-se ao fato que a informação deve ser confidencial, cabendo a empresa gerenciar quem deve ou não ter acesso à essa informação, pois apenas deve tê-lo quem realmente tem a necessidade de utilizá-lo. Essa característica também é conhecida como princípio do “need to know”, sendo possível fazer esse gerenciamento por meio de ferramentas de login e senha, por exemplo.

Já o segundo princípio versa sobre o estado de inocuidade da informação, ou seja, é preciso passar a certeza de que ela não foi fraudada ou alterada indevidamente, portanto, está íntegra.

Por fim, a terceira e última característica trata da disponibilidade daquela informação. O que quer dizer que ela deve estar disponível para que, eventualmente, se a empresa necessitar, poder consultá-la. Quando nos deparamos com situações em que hackers criptografam a base de dados de uma empresa e a retiram, estamos falando justamente da indisponibilidade da informação, onde a empresa não consegue acessar mais essa base em virtude do hackeamento. Então, fica muito claro a importância que as informações possuem atualmente e a necessidade que as empresas têm de cada vez mais se cercarem com ferramentas tecnológicas para evitar invasores.

Sendo assim, de nada adianta ter o sistema de segurança mais tecnológico do mundo, se não existirem pessoas com treinamento adequado para gerenciá-lo.

O fato de uma empresa possuir um corpo de colaboradores bem treinados, para distinguir e identificar potenciais situações de risco faz com que além de proporcionar economia financeira para empresa que não precisará gastar rios de dinheiro em softwares de última geração, também proporciona segurança e credibilidade à ela.

Desta forma, entende-se que o ponto chave para o sucesso de um programa de compliance

está na “alfabetização” das pessoas que integram a empresa. Com isso, pode-se evitar uma série de incidentes como os de privacidade e de segurança da informação, resultando assim, na manutenção da segurança, da integridade, da confiabilidade e da disponibilidade das informações empresariais.

Redação DMA
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