11 dez O mercado das academias e a importância da representação sindical
O cenário brasileiro
O Brasil deve assumir a liderança mundial nos negócios voltados para a prática de atividades físicas nos próximos anos. É o que aponta o diagnóstico do setor, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE – divulgado durante a IHRSA Fitness Brasil, nos dias 29 e 30 de agosto de 2014 no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Atualmente, o país está em segundo lugar no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, mas vem crescendo e muito nos últimos anos. Para se ter uma ideia, nos anos de 2009 e 2012, a quantidade de empreendimentos americanos deste segmento cresceu apenas 0,7%, enquanto isso, neste mesmo período, o número de empresas no Brasil cresceu 29%. Além disso, temos uma proporção per capita de academias de ginástica superior à americana. Nos Estados Unidos existe um estabelecimento para cada 10,5 mil americanos, no Brasil essa proporção é de uma academia para cada 9,1 mil pessoas. Em números absolutos, os EUA contam atualmente com 29.960 empreendimentos, contra os 21.760 negócios brasileiros.
No diagnóstico, o Sebrae revela que as 21.760 academias brasileiras têm 2,8 milhões de alunos matriculados. E ainda demonstra que o segmento gera aproximadamente 317 mil empregos formais especificamente para profissionais de Educação Física, movimentando cerca de R$ 2,45 bilhões por ano. O crescimento de 29% em três anos representou a criação de quase 5 mil novos negócios.
Podemos afirmar tranquilamente que o setor não está vulnerável às oscilações da macroeconomia, fruto do trabalho dinâmico dos empresários, gestores e colaboradores, contando com a ajuda da popularização da prática de esportes e com o auxílio da cultura brasileira que valoriza a boa aparência e forma física. Além do aumento da expectativa de vida da população e a da nova composição de classes socioeconômicas no país. Mas, apesar desse crescimento, o Brasil ainda ocupa a 10ª posição mundial no que diz respeito à receita das academias, o que sugere um baixo nível de maturidade na gestão dos empreendimentos.